ENG:
On the 24th of June, as many migrants attempted to cross the border between Morocco and Melilla, the Moroccan forces extreme brutality resulted in around 30 deaths and many more injured people.
After the tragic event, Pedro Sánchez, Spain’s Prime Minister, publicly showed his support to the Moroccan forces response, showing a complacent attitude and even reinforcement to such violent responses to migration.
In this context it is relevant to point out that the excessive use of brutality should be addressed as, in part, resulting from migration and border policies that have promoted border control to become militarized, allowing for a more armed response.
As some news have covered this situation, attention needs to be paid to other difficult challenges faced daily at these borders – many migrants are restrained and kept in unimaginable conditions, thrown and piled on top of each other, suffering not only for lack of dignified conditions but also for lack of access to water and other basic needs is unclear.
It is important to discuss the fact that the approach to migration and migrants is recurrently ignoring a humanitarian approach, violating Human Rights at the border and denying access to better conditions elsewhere. The treatment of migrants should be more humane and dignified.
Text by Beatriz Domingues
PT:
A 24 de Junho, enquanto um elevado número de migrantes tentava passar a fronteira entre Marrocos e Melilla, a resposta com extrema brutalidade por parte das forças Marroquinas resultou em cerca de 30 mortes e muitas mais pessoas feridas.
Depois do trágico evento, Pedro Sánchez, Primeiro Ministro de Espanha, demonstrou publicamente o seu apoio à atuação das forças Marroquinas, assumindo uma atitude complacente e até reforço a respostas tão violentas à migração.
É relevante realçar neste contexto que a o uso excessivo de brutalidade deve ser encarado, em parte, resultante de políticas de migração e regulação de fronteiras que promovem um controlo de fronteira num âmbito mais militarizado, reforçando uma resposta armada.
Sendo que algumas notícias acompanharam a situação, é necessário prestar atenção a outros desafios diários complicados nestas fronteiras – muitos migrantes são amontoados e empilhados, sofrendo não só por falta de condições dignas, como o acesso a água e outras necessidades é pouco claro.
É importante debater o facto de que a abordagem à migração e migrantes recorrentemente ignora a componente humanitária, violando Direitos Humanos na fronteira e negando acesso a melhores condições noutros lugares. O tratamento de migrantes deve ser mais humano e digno.
Texto de Beatriz Domingues